12 de out. de 2010

A fogueira

Pra começar aquela fogueira, eu deixei cair de mim a brasa
E naquela corrosão de matéria, naquela queima da inconsequência, o combustível era eu.
Era de manhã, fato estranho considerando-se a escuridão que ainda pendia.
Era de manhã, e sendo assim tão claro, fazia-se necessário despertar aquela chama estranha, meio azulada pelo sal da maresia...
Mas era esse meu ritual... todo dia repetia as mesmas palavras:



"Tudo que eu quero, eu quero com força, eu tento com garra, eu abraço com vontade pra poder me superar!
Tudo que eu sou, é fruto de uma caminhada, fruto de passos que você não deu, de espinhos que não furaram a sua pele e de lições que vida me ensinou em particular...
Portanto, não me julgue, não invente ações para meus pensamentos e nem devaneie sobre as minhas emoções, conquistas e defeitos.
Na minha alma habita o universo... e esse universo pertence apenas a mim e a quem eu quiser convidar pra entrar!"

E com o tempo, tornou-se verdade aquela fogueira, e aquelas palavras deixaram pra trás suas letras e tornaram-se minha vida.
Queimar às vezes é viver

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